Amanhecer
Uma clareira vem do meio da mata
É a luz de uma cabana antiga
Com portas rústicas e cansadas
O ranger do assoalho se consagra
A cada passo, a cada instante
Na névoa lá fora nada se vê
Tudo fica embriagado
Com o sublime vento parado
A estrada se estreita entre as árvores
Que são agrupadas em um bosque
Fogem as folhas de seus galhos
E deitam-se ao pé dos montes
O frio que chega aos pouquinhos
Não desaquece o interior da casa
Lenhas queimam-se na lareira
E seu aroma inunda nosso olfato
Do riacho vem uma melodia
Inebriantes notas não decifradas
Que se transformam em poesia
As pedras talhadas pela água são
De diversas formas, de cores variadas
Pouco a pouco o sol vem despertar
Os jacintos, as frésias, os cravos
Harmoniosamente convidados
Para celebrarem mais uma manhã gloriosa.
Autora: Marcela de Baumont
Ficha técnica de Marcela de Baumont:
Formada em 1976, pela UFRGS, na Faculdade de Comunicação Social, é bacharel em Jornalismo, Relações Públicas, Propaganda e Publicidade. Exerce a atividade de revisora desde a faculdade, na Editora e Gráfica da UFRGS, e também para escritores de livros e revistas em áreas diversas. Como revisora em Propaganda, tem trabalhado para importantes clientes: Giovanni+DraftFCB, Wunderman, Grey, Publicis, Africa, MPM. Seu passatempo favorito é ler um bom livro e escrever suas poesias.